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DIRETORA DO INSTITUTO INTERNACIONAL DE ARBITRAGEM FARÁ PALESTRA NA EPM

Até a próxima sexta-feira (14), estão abertas as inscrições para a palestra Cooperação entre o juízo arbitral e doméstico em arbitragens internacionais – um diálogo necessário, que será realizada no dia 18 de outubro, das 10 às 12 horas, no auditório do 4º andar do prédio da EPM, sob a coordenação do desembargador João Negrini Filho.
A palestra será ministrada pela professora Marike Paulsson, diretora do Instituto Internacional de Arbitragem e coordenadora de área da Faculdade de Direito da Universidade de Miami.
As inscrições são gratuitas e abertas a magistrados, advogados, árbitros, conciliadores, mediadores e demais interessados. São oferecidas 150 vagas (presenciais). Haverá emissão de certificado àqueles que comparecerem ao evento e assinarem a lista de presença.
Inscrições: os interessados deverão preencher a ficha de inscrição diretamente no site da EPM (www.epm.tjsp.jus.br). Após o envio, será remetido e-mail confirmando a inscrição. Em seguida, deverá ser efetuada a matrícula, conforme descrito no site da Escola.

Diretores da OAB Nacional participam da comemoração dos 25 anos do Estatuto na OAB-PR

Os 25 anos do Estatuto da Advocacia e da OAB foram comemorados na OAB Paraná, nesta sexta-feira (26), com as presenças do vice-presidente nacional Luiz Viana Queiroz, e do diretor tesoureiro, José Augusto Araújo de Noronha. Também participaram os advogados paranaenses Roberto Antonio Busato e Alfredo de Assis Gonçalves Neto, que integravam o Conselho Federal na época de elaboração do estatuto.

O evento foi aberto pela presidente em exercício da OAB Paraná, Marilena Winter, que fez a saudação inicial e disse quer encontro era para celebrar os 25 anos do estatuto e refletir sobre os caminhos da profissão.

Em seguida, Luiz Viana iniciou sua exposição destacando o papel dos advogados, seus direitos e poderes diante de um contexto social complexo. Ele exemplificou que o advogado pode ficar sentado ou em pé em uma audiência e não deve prescindir desse direito. “Na Bahia, um dos grandes problemas é não ser recebido pelo juiz”, acrescentou. “O advogado pode renunciar a isso? Ou transigir em relação a isso? Penso que não, pelo regime jurídico próprios das prerrogativas, porque são direitos para servir à sociedade e aos clientes”, observou Viana.

Para Viana, aquilo que o estatuto diz que a OAB pode fazer é um poder/dever. Ele citou Rui Barbosa: “Quem pede um direito não pede pedindo, pede exigindo”. Na opinião dele, o Estatuto da Advocacia tem grande importância por ter estruturado a OAB e seus órgãos. Além disso, essa norma traz à entidade o dever de zelar por toda a advocacia.

Viana classificou a violação de prerrogativas no atual momento do país como sistêmica. Ao recordar que recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) impediu a realização de um desagravo sob a justificativa de que o magistrado não teria tido direito à ampla defesa e ao contraditório, o diretor observou que um desagravo não é um processo em que há partes, mas um direito objetivo do advogado. “O exercício do desagravo é uma das nossas prerrogativas. É enfrentar uma questão jurídica que não é simples, pois o agravo a um colega importa no agravo à toda a classe e à sociedade”, definiu.

Laços

O diretor tesoureiro do Conselho Federal, José Augusto Araújo de Noronha, ressaltou que a OAB Paraná está prestes a realizar a inscrição de número 100 mil. Ele também falou da sua amizade com Luiz Viana e a parceria dos estados do Paraná e Bahia em defesa da advocacia. “Estamos empenhados em garantir transparência e gestão no Conselho Federal, valorizar cada centavo do advogado, que tem o direito de saber onde são aplicados os recursos da Ordem”, disse. Noronha destacou o fato de Luiz Viana ter vindo ao Paraná pela quarta vez, desde que assumiu a vice-presidência, o que denota respeito e carinho pela advocacia paranaense.

Alfredo de Assis Gonçalves Neto disse que os 25 anos de prática estatuária permitiram que a Ordem avançasse, porém lamentou que muitos ainda tentam menosprezar o trabalho de inúmeros advogados que atendem, sem nenhuma remuneração e com desprendimento, aos objetivos da instituição. “A Ordem tem sido sempre a luz que conduz não só os advogados, mas a própria comunidade. As suas subseções são verdadeiros postos avançados, que permitem o atendimento à população e dão aos profissionais um conhecimento dos problemas que ocorrem no país como nenhuma outra instituição”, afirmou.

Prestígio 

Roberto Busato relatou que, em sua vivência como diretor e presidente do Conselho Federal, teve vivências que lhe permitiram perceber que “a Ordem tem um cabedal de prestígio e de influência em todos os quadrantes do mundo”. Os principais motivos são que a entidade nasceu com inscrição obrigatória – sendo a única na América Latina com esse modelo – e por ter sempre defendido as prerrogativas.

Ele também relembrou o desafio para se criar estatuto para a classe, cada proposta ficava, 10, 12 anos em debate, sem nunca ser concluída. Mas, após a Constituição de 1988, a advocacia sentiu que finalmente havia chegado o tempo de aprovar seu Estatuto.

Logo após a lei ser sancionada pelo então presidente Itamar Franco, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) ajuizou ação questionando pontos como honorários de sucumbência, direito à sala do Estado Maior, sustentação após o voto do relator e jornada do advogado empregado. A entidade teve uma liminar concedida, mas, durante a gestão de Busato à frente da Orden o caso foi a julgamento no Supremo, a decisão liminar foi derrubada e a OAB teve uma grande vitória na corte.

Sobre a situação atual, Busato lembrou que, por um lado o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) coloca a OAB como entidade pública, mas por outro, o ministro da Economia quer enquadrá-la como privada, ambos desconsiderando as especificidades e o caráter da Ordem. “Esses ataques desconhecem o prestígio que a entidade tem no Brasil e no mundo”, concluiu.

Diretores empossam conselheira federal por Roraima nesta quarta-feira

Brasília – Na manhã desta quarta-feira (10), a conselheira federal Dalva Maria Machado, de Roraima, tomou posse no gabinete do vice-presidente nacional da OAB, Luiz Viana Queiroz.

Além dele, também acompanharam o ato o diretor-tesoureiro nacional da OAB, José Augusto Araújo de Noronha; o presidente da Comissão Nacional de Relações Institucionais da OAB, Marcos Vinícius Jardim Rodrigues; o presidente da OAB Acre, Erick Venâncio Nascimento; e o conselheiro federal por Roraima e ex-presidente da Seccional, Rodolpho Morais.

Diretores-Tesoureiros do Sistema OAB se reúnem no Conselho Federal

Brasília – Teve início na manhã nesta segunda-feira (11) o Colégio de Diretores-Tesoureiros dos Conselhos Seccionais da OAB, ocasião em que os dirigentes responsáveis pela gestão do tesouro da Ordem em cada seccional se reúnem com o diretor-tesoureiro do Conselho Federal da OAB, José Augusto de Araújo Noronha. O evento prossegue até o fim da tarde.

Na parte da manhã, os debates se dão em torno da responsabilidade fiscal e da melhoria dos sistemas de gestão. Estão em discussão a definição de um padrão nacional de realização de contabilidade nas Seccionais, exemplos de eficiência administrativa, necessidade de cumprimento dos prazos, relação entre custos e efetividade, entre outros temas.

Para Noronha, faz-se cada vez mais necessário o melhor alinhamento possível das Seccionais entre si e destas com o Conselho Federal da Ordem. “É o ponto de partida desta gestão para que cumpramos à risca e de modo fiel os procedimentos internos de transparência contábil e prestação de contas no Sistema OAB. As Seccionais não competem, pelo contrário: devem estar unidas pelo ideal de fortalecer a cultura da transparência”, apontou.

A reunião está amparada pelo compromisso dos diretores-tesoureiros das Seccionais em envidar esforços para o cumprimento do Provimento nº 185 do Conselho Federal da OAB, que dispõe sobre regras de gestão no Sistema OAB, incluindo-se a aderência aos fundamentos de responsabilidade fiscal, o desenvolvimento do capital humano, a tecnologia da informação e a transparência.

Diretoria da OAB Nacional cumpre agenda intensa nesta quarta-feira

A diretoria do Conselho Federal da OAB esteve envolvida em diversas agendas e atividades ao longo do dia nesta quarta-feira (10). O presidente nacional da Ordem, Felipe Santa Cruz, e os demais diretores receberam representantes de diversas categorias, deram posse a Conselheiros Federais e também designaram a Coordenação Nacional do Exame de Ordem para o triênio 2019/2021.

Pela manhã, o vice-presidente nacional da OAB, Luiz Viana, empossou a conselheira federal Dalva Maria Machado, de Roraima. Também participaram da cerimônia o diretor-tesoureiro nacional da OAB, José Augusto Araújo de Noronha; o presidente da Comissão Nacional de Relações Institucionais da OAB, Marcos Vinícius Jardim Rodrigues; o presidente da OAB Acre, Erick Venâncio Nascimento; e o conselheiro federal por Roraima e ex-presidente da Seccional, Rodolpho Morais.

Já o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, recebeu a visita de cortesia dos dirigentes daAssociação dos Advogados de São Paulo (AASP), para debater temas de interesse da advocacia brasileira.

Felipe Santa Cruz também designou os membros da Coordenação Nacional do Exame de Ordem para o triênio 2019/2021. O colegiado será comandado pelo secretário-geral da OAB, José Alberto Simonetti, que deve se reunir com professores do curso de Direito ainda neste semestre para debater mudanças curriculares e o impacto disso no Exame de Ordem.

O presidente nacional da OAB ainda recebeu representantes das universidades públicas federais e de entidades estudantis para debater sobre educação e o momento político do país.

Com objetivo de trabalhar ainda mais perto das Seccionais, a diretoria também tem estreitado o contato com representantes de todos os estados. Nesta quarta-feira (10), Felipe Santa Cruz recebeu o presidente da Seccional de Roraima, Ednaldo Vidal.

Santa Cruz também discutiu ações e demandas da Comissão Especial de Defesa do Consumidor com a presidente do colegiado, Marié Lima Alves de Miranda.

A diretoria da OAB Nacional anunciou também nesta quarta-feira (10) a assinatura de um contrato com a Deloitte para o início do programa Anuidade Zero. A empresa vai prestar uma consultoria e realizar a auditoria para garantir a integridade do programa que vai beneficiar advogadas e advogados em todo o país.

“A parceria do Conselho Federal com as Caixas de Assistência e FIDA resultará em muitos benefícios aos advogados de todo o Brasil, de todas as regiões. A implantação desse programa através da Deloitte dará segurança para todos”, afirmou Felipe Santa Cruz.

Diretoria da OAB Nacional cumpre agenda intensa nesta quarta-feira

A diretoria do Conselho Federal da OAB esteve envolvida em diversas agendas e atividades ao longo do dia nesta quarta-feira (10). O presidente nacional da Ordem, Felipe Santa Cruz, e os demais diretores receberam representantes de diversas categorias, deram posse a Conselheiros Federais e também designaram a Coordenação Nacional do Exame de Ordem para o triênio 2019/2021.

Pela manhã, o vice-presidente nacional da OAB, Luiz Viana, empossou a conselheira federal Dalva Maria Machado, de Roraima. Também participaram da cerimônia o diretor-tesoureiro nacional da OAB, José Augusto Araújo de Noronha; o presidente da Comissão Nacional de Relações Institucionais da OAB, Marcos Vinícius Jardim Rodrigues; o presidente da OAB Acre, Erick Venâncio Nascimento; e o conselheiro federal por Roraima e ex-presidente da Seccional, Rodolpho Morais.

Já o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, recebeu a visita de cortesia dos dirigentes da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), para debater temas de interesse da advocacia brasileira.

Felipe Santa Cruz também designou os membros da Coordenação Nacional do Exame de Ordem para o triênio 2019/2021. O colegiado será comandado pelo secretário-geral da OAB, José Alberto Simonetti, que deve se reunir com professores do curso de Direito ainda neste semestre para debater mudanças curriculares e o impacto disso no Exame de Ordem.

O presidente nacional da OAB ainda recebeu representantes das universidades públicas federais e de entidades estudantis para debater sobre educação e o momento político do país.

Com objetivo de trabalhar ainda mais perto das Seccionais, a diretoria também tem estreitado o contato com representantes de todos os estados. Nesta quarta-feira (10), Felipe Santa Cruz recebeu o presidente da Seccional de Roraima, Ednaldo Vidal.

Santa Cruz também discutiu ações e demandas da Comissão Especial de Defesa do Consumidor com a presidente do colegiado, Marié Lima Alves de Miranda.

A diretoria da OAB Nacional anunciou também nesta quarta-feira (10) a assinatura de um contrato com a Deloitte para o início do programa Anuidade Zero. A empresa vai prestar uma consultoria e realizar a auditoria para garantir a integridade do programa que vai beneficiar advogadas e advogados em todo o país.

“A parceria do Conselho Federal com as Caixas de Assistência e FIDA resultará em muitos benefícios aos advogados de todo o Brasil, de todas as regiões. A implantação desse programa através da Deloitte dará segurança para todos”, afirmou Felipe Santa Cruz.

Diretoria da OAB Nacional faz primeira reunião presencial após declaração da pandemia

A diretoria do Conselho Federal da OAB realizou, nesta terça-feira (20), a primeira reunião presencial desde que foi declarada a pandemia do novo coronavírus, há 7 meses, pela Organização Mundial de Saúde. O encontro aconteceu na sede da OAB, em Brasília, obedecendo os protocolos sanitários de prevenção da covid-19.

O presidente, Felipe Santa Cruz; o vice-presidente, Luiz Viana; o secretário-geral, José Alberto Simonetti; o secretário-geral adjunto, Ary Raghiant Neto e o diretor tesoureiro, José Augusto Araújo de Noronha, se debruçaram sobre uma pauta de assuntos relevantes para a advocacia.

Diretoria da OAB Nacional reúne-se em dia de intensa agenda institucional

Brasília – O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, cumpriu agenda extensa nesta quarta-feira (27), na sede da entidade em Brasília. Em reunião com a diretoria nacional,  foi debatida a avaliação das primeiras semanas da nova gestão e o planejamento estratégico da Ordem para ações da entidade em defesa da advocacia e da cidadania.

O presidente nacional da OAB recebeu também o procurador Deltan Dallagnol, que apresentou as razões do Ministério Público para a celebração do acordo que permitiu a criação de um fundo a partir de verbas recuperadas dos processos contra a corrupção na Petrobras.

Santa Cruz, acompanhado do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem, Everaldo Patriota, recebeu ainda em seu gabinete o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que trouxe questões relativas a violações de direitos humanos e de advogados defensores de movimento popular.

Em reunião com o conselheiro Maurício Silva Pereira, do Amapá, Santa Cruz debateu a situação de advogados em situação de risco no Estado e ações para defender a advocacia.

Diretoria da Subseção da OAB em Arcoverde (PE) é 100% formada por mulheres

Brasília – A Diretoria da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, é totalmente formada por advogadas. A chapa, que saiu vitoriosa na última eleição, conta com Flaviana Beserra Pacheco (presidente), Marcela Freire de Macêdo (vice-presidente), Gilbertiana Bezerra da Silva (secretária-geral), Edna Maria da Silva (secretária-geral adjunta) e Pâmela Gabriela Magalhães Veloso (diretora-tesoureira).

Dentre os conselheiros titulares da Subseção de Arcoverde, também há a presença feminina, com a advogada Maria de Lourdes Dantas Ferreira de Almeida. Já Nadja Maria de Souza Cavalcanti Pacheco, Carlinda de Siqueira Duarte, Rafaella Henrique Sousa de Britto, Vera Lúcia de Siqueira Duarte e Gleide Maria Diniz Melo são conselheiras suplentes.

O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, esteve com as advogadas que compõem a diretoria da Subseção de Arcoverde na última segunda-feira (11), quando compareceu à solenidade de posse de Bruno Baptista na OAB Pernambuco.

Diretoria da Subseção da OAB em Arcoverde (PE) é 100% formada por mulheres

Brasília – A Diretoria da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, é totalmente formada por advogadas. A chapa, que saiu vitoriosa na última eleição, conta com Flaviana Beserra Pacheco (presidente), Marcela Freire de Macêdo (vice-presidente), Gilbertiana Bezerra da Silva (secretária-geral), Edna Maria da Silva (secretária-geral adjunta) e Pâmela Gabriela Magalhães Veloso (diretora-tesoureira).

Dentre os conselheiros titulares da Subseção de Arcoverde, também há a presença feminina, com a advogada Maria de Lourdes Dantas Ferreira de Almeida. Já Nadja Maria de Souza Cavalcanti Pacheco, Carlinda de Siqueira Duarte, Rafaella Henrique Sousa de Britto, Vera Lúcia de Siqueira Duarte e Gleide Maria Diniz Melo são conselheiras suplentes.

O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, esteve com as advogadas que compõem a diretoria da Subseção de Arcoverde na última segunda-feira (11), quando compareceu à solenidade de posse de Bruno Baptista na OAB Pernambuco.

Diretoria do Conselho Federal se reúne com senadores Rodrigo Pacheco e Nelsinho Trad

Integrantes da diretoria do Conselho Federal da OAB participaram de uma reunião com os senadores Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Nelsinho Trad (PSD-MS), nesta terça-feira (26), para tratar de temas de interesse da advocacia e da defesa da cidadania brasileira. O grupo foi recebido no gabinete de Rodrigo Pacheco. Estiveram no encontro o vice-presidente nacional da OAB, Luiz Viana, o secretário-geral adjunto da entidade, Ary Raghiant Neto, e o diretor-tesoureiro, José Augusto de Noronha.

A diretoria da OAB debateu com os parlamentares assuntos de interesses da advocacia, como o andamento de projetos que envolvem a categoria e que estão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

O senador Rodrigo Pacheco, que é advogado criminalista e foi conselheiro federal por Minas Gerais, se mostrou receptivo aos assuntos que envolvem a OAB e a advocacia no âmbito do Senado Federal. Além de ser membro da CCJ, comissão por onde tramitam todos os projetos da Casa, Pacheco assumiu recentemente a vice-presidência da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. Será um outro palco para análise de temas de interesse da advocacia e de defesa da cidadania.

O senador Nelsinho Trad também é membro da CCJ e recentemente foi aclamado por todos os parlamentares de Mato Grosso do Sul como o coordenador da bancada do Estado. Ele também debateu com os representantes do Conselho Federal da OAB temas de interesse que estão em andamento no Congresso Nacional e se colocou à disposição da advocacia para abordar as medidas com os demais parlamentares.

O vice-presidente nacional da OAB, Luiz Viana, afirmou que a reunião serviu para que a OAB indicasse temas relevantes para debates. “É importante manter canais de comunicação com os integrantes do Congresso Nacional, ainda mais com parlamentares qualificados e que entendem muito bem as pautas da advocacia”, afirmou Luiz Viana.

O secretário-geral adjunto, Ary Raghiant Neto, destacou o interesse dos parlamentares nos projetos e temas ligados à advocacia. “Sem dúvida, são parlamentares que entendem as nossas particularidades e a defesa da cidadania brasileira”, destacou Ary Raghiant Neto.

O diretor-tesoureiro da OAB, José Augusto de Noronha, ressaltou a necessidade de atuação da Ordem nos principais temas em debate no Congresso Nacional e a manutenção de diálogo com os parlamentares. “A OAB sempre está presente nos debates de projetos decisivos da sociedade brasileira e por isso é importante manter uma representação junto aos senadores”, explicou José Augusto de Noronha.

Discursos de abertura da II Conferência Nacional da Jovem Advocacia conclamam protagonismo da classe

Natal (RN) – Nesta quinta-feira (22), na solenidade de abertura da II Conferência Nacional da Jovem Advocacia, evento que prossegue até amanhã na capital do Rio Grande do Norte, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, enfatizou em seu discurso a necessidade de a advocacia assumir protagonismo diante dos difíceis tempos – principalmente políticos – que a nação atravessa. Os demais discursos seguiram nesta linha.

“Nunca imaginei presidir a OAB Nacional em um momento de desafios tão complexos. Temos sido chamados todos os dias para os mais variados debates no contexto nacional. E a Ordem tem tido papel fundamental na defesa da Constituição, ao dizer que precisamos sim combater de forma intransigente essa crise ética e moral que o país vive, mas estritamente dentro dos termos da lei. Sabiamente, Rui Barbosa dizia que fora da lei não há salvação”, iniciou Lamachia.

Ele comparou os tempos atuais com os vividos na época da ditadura. “Ouso dizer que esta quadra é mais séria ainda, pois faz com que o tecido social brasileiro esteja absolutamente dividido”, observou.

Lamachia ressaltou o papel da jovem advocacia neste contexto. “Muitos afirmam que o futuro depende dos jovens do presente. Vou além: é o próprio presente que depende dos jovens advogados. E é por isso que temos noção de que o fim da cláusula de barreira no âmbito da nossa instituição é uma luta legítima das advogadas e advogados que estão começando sua carreira. Por isso reitero aqui o compromisso de termos cada vez mais a jovem advocacia no seio da nossa instituição. E fundamental inclusive num momento de transformação como esse”, continuou.

O presidente lembrou também os constantes desrespeitos que têm atingido o exercício profissional da advocacia em todo o país. “Priorizamos a defesa das prerrogativas, que tem sua maior expressão nas Caravanas que, literalmente, rodam o país inteiro. Cuidamos das nossas bandeiras institucionais sem nos descuidarmos das causas da sociedade. Temos um compromisso inarredável com a defesa do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e das garantias fundamentais”, disse.

Ele lembrou atuações decisivas da Ordem, como nos episódios do pedido de afastamento de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados e sua posterior cassação, os recentes pedidos de impeachment de dois presidentes da República com absoluta independência, do enfrentamento às reformas trabalhista e da Previdência. “A unanimidade não será alcançada. É inevitável ter, inclusive, divisões internas. Por isso a OAB é democrática. Mas o compromisso com a coerência e a transparência não pode ser afastado. Temos como partido o Brasil e como ideologia a Constituição, logo não há pressão que nos fará desviar dessa missão”, apontou.

Em nome do Colégio de Presidentes

Fernanda Marinela, coordenadora-adjunta do Colégio de Presidentes de Seccionais e presidente da OAB Alagoas, falou em seguida. “Vivemos em um país de momentos muito difíceis. Venho repetindo que é a maior crise da nossa história, não somente financeira e econômica, mas ética, moral e de credibilidade. O povo precisa se apropriar do país que tem, assumir a responsabilidade na construção da nossa história. Nós, advogados operadores do direito, temos mais responsabilidade do que qualquer um por sermos conhecedores da lei. Estamos na ponta da lança desta batalha”, disse.

Marinela ressaltou ainda que nem sempre é possível agradar a opinião pública. “O discurso da advocacia, muitas vezes, não é o que o povo quer ouvir e por isso não ganha muitos aplausos. Mas essa é a responsabilidade da OAB, da advocacia, dos defensores da Constituição. Não podemos permitir que nossos direitos e garantias, elencados na nossa Carta Magna, se tornem um mero pedaço de papel”, alertou.

Ela também destacou a esperança na jovem advocacia. “Os senhores e as senhoras, jovens advogados, têm grande responsabilidade no contexto do Brasil atual. Não é possível corrigir problemas atuais com soluções velhas, é preciso buscar novos caminhos para demandas de hoje, como é a incapacidade do Judiciário. Somos, acima de tudo, sanadores de problemas. É necessário sair da plateia e ocupar o palco. Podemos muito mais”,

Em nome da Jovem Advocacia brasileira

O presidente da Comissão Nacional da Jovem Advocacia, Alexandre Mantovani, destacou a realização do evento como a concretização do Plano Nacional de Apoio a Valorização da Jovem Advocacia, criado através do Provimento n. 162/2015. “Natal é hoje a capital da advocacia brasileira, não apenas da jovem, uma vez que todos os segmentos se fazem representados neste evento”, afirmou. Mantovani também anunciou o lançamento do Censo da Jovem Advocacia, cuja finalidade é conhecer o perfil e ouvir a necessidade deste segmento.

Mantovani também abordou a questão da cláusula de barreira nas eleições da OAB. Ao afirmar que o Plano Nacional prevê a ampla participação da Jovem Advocacia nas decisões das Seccionais e das Subseções, alertou que isso somente ocorrerá quando “enfrentarmos a cláusula de barreira, que aflige a jovem advocacia e a afasta da plenitude do exercício irrestrito da profissão”. Ao fim, Mantovani brincou: “Muito obrigado e hashtag ‘Tamo Junto’”.

Em nome da Jovem Advocacia potiguar

Presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante da OAB-RN, Nicácio de Carvalho Neto saudou a “brava jovem advocacia brasileira”. “Estamos em toda parte, sem nos afetar por tempos ruins. Temos que acreditar na nossa missão, assumindo deveres em prol da advocacia em início de carreira. Temos dois dias para nos irmanarmos em torno do universo da advocacia. Firmamos nossa força e reafirmamos nossa magnitude. Somos cientes de nossos direitos e de nossos deveres e, pelo nosso tamanho, conquistaremos mais espaço”, afirmou.

Em nome da Seccional

O presidente da OAB do Rio Grande do Norte, Paulo Coutinho, deus as boas-vindas ao evento e destacou a importância da jovem advocacia no resgate do respeito ao exercício da profissão. “Infelizmente, os 30 anos da Constituição Federal chega de mãos dadas com a busca e apreensão em escritórios de advocacia, a gravação de conversas entre advogados e seus clientes, as prisões preventivas por tempo indeterminado e tantos outros abusos e desmandos”, lamentou. “Todos aqui são contra a corrupção e o desmantelamento do Estado, mas não se combate um crime praticando outro. A construção da democracia vem com o amplo direito de defesa e o contraditório”, explicou.

Coutinho também ressaltou a importância da construção do ensino jurídico. “A sociedade brasileira pede mais do que jovens advogados como meros estudiosos da lei. Mais importante do que lutar contra a robotização da advocacia é lutar contra a a robotização intelectual. Mais do que decorar códigos é resgatar o pensador das liberdades e da democracia. Este é o grande desafio. A força da OAB não está em seus gestores, mas na reação de cada um dos mais de 1 milhão de advogados. Jovens advogados, não assumam a posição cômoda de meros espectadores, vocês são agentes de resistência na luta pelo Estado Democrático de Direito, que está sob ameaça. Não tenham medo de serem a voz contramajoritária. O verdadeiro advogado não escolhe causas para defender, sua causa é sempre a Justiça”, afirmou.

Além dos citados, a mesa contou com as presenças do diretor-tesoureiro da OAB Nacional, Antonio Oneildo Ferreira; dos Medalhas Rui Barbosa Cléa Carpi da Rocha e Paulo Roberto Medina; do presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Jarbas Vasconcelos; do coordenador nacional das Caixas de Assistência (Concad), Ricardo Peres; do presidente do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa), Carlos José Santos da Silva; do presidente da OAB-PB, Paulo Maia; do presidente da Comissão da Jovem Advocacia da OAB-RS, Antônio Zanetti; do presidente da CAA-RN, Tiago Galvão Simonetti; dos conselheiros federais pelo Rio Grande do Norte Sérgio Freire, Paulo Teixeira e Aurino Giacomeli; dos representantes da Jovem Advocacia da região Sul, Juliana Carta; do Norte, Afonso Furtado; do Sudeste, Leandro Nava; do Centro-Oeste, Janaína Pozzo; de Rodrigo Ferraz, ouvidor-geral municipal de Natal; do desembargador Wladimir Capistrano, do TRE-RN; da corregedora-geral do Rio Grande do Norte, Érika Karina Patrício de Souza; do diretor do Foro de Natal, Marco Bruno Miranda; e do presidente da Associação Brasileira de Advogados (ABA), Esdras Dantas. v

DO SONHO DE CRIANÇA À CONCRETIZAÇÃO – A HISTÓRIA DE UM MÚSICO ESCREVENTE

Fala-se muito no papel dos pais na vida da criança e acaba se esquecendo da influência de outras pessoas, como por exemplo, os tios ou um grande amor. O projeto Jus_Social deste mês contará a história do menino Darlan Ramos, que ganhou seu primeiro violão feito pelo tio materno, o engenheiro mecânico e servidor da Universidade Federal Fluminense, Cláudio de Oliveira, morador de Botafogo, no Rio de Janeiro. O garoto cresceu, se tornou músico, conheceu Érica Sabrina de Oliveira, passou a ser também escrevente técnico judiciário, casou-se e virou Darlan Ramos de Oliveira. Ele acrescentou o sobrenome da esposa que também era o da sua mãe e que ele não tinha no seu nome.
“Na época, um violão para criança era muito caro, e como minha mão não alcançava o braço do violão do meu tio, ele resolveu aprender sozinho e construir um instrumento adaptado para minha idade. Ele é minha referência, tanto musical quanto paterna. Se hoje sou servidor do Tribunal de Justiça, devo a ele também. Foi ele quem me ensinou a ser esforçado para atingir os objetivos de vida, a manter uma disciplina de estudo, o que me ajudou a passar em vestibular e em concursos públicos, especialmente o do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo”, declara o músico-escrevente.
Darlan tinha oito anos quando ganhou o pequeno, mas grande presente, e ainda deu início ao aprendizado musical com o próprio tio, que começou a ensinar escalas, arpejos, dedilhados etc. Para entender o crédito que o tio tem com Darlan, foi Cláudio quem esteve no altar com ele no lugar do seu pai. Ambos são vivos, mas o papel do tio na sua vida desde pequeno foi fundamental para sua formação, ainda mais que aos 17 anos perdeu a mãe e recorreu a ele em muitas situações.
Filho de Cristiane de Oliveira Pedreira e Darlan Ramos da Silveira, Darlan é irmão de Bruno e pai de Arthur Menezes de Oliveira, que mora com a mãe no Rio de Janeiro. Anualmente, o músico torna-se poeta e escreve poesias ao filho que retrata, de forma literária, um pouco das suas histórias durante esse tempo.
O músico nasceu e foi criado em Niterói e depois mudou para a Lapa, Rio de Janeiro. Atualmente mora na zona rural de Pinhalzinho, próximo à Atibaia.
Ingresso no TJSP – começou a fazer parte da família forense em agosto de 2014 e sente orgulho em trabalhar no Anexo Fiscal, Vara Única da Comarca de Águas de Lindóia.  A motivação para mudar de cidade e Estado se deve à esposa Érika. Ele era inspetor penitenciário em Bangu (RJ) e músico, e ela morava em Bragança Paulista. Para diminuir a distância resolveu estudar para o concurso do Tribunal de Justiça, casar e constituir uma família com ela.
Darlan concilia o trabalho no TJ com sua vida artística. Para ele, viver de música com o estilo que toca é difícil no Brasil, por essa razão mantém os pés no chão em relação ao seu trabalho como musicista e como escrevente judiciário. “Sou realizado profissionalmente em ambos. Minha música The Whale´s Crytocou na maior rádio do Rio, a 102,9 FM. Era um sonho de criança, pois aprendi a gostar de rock ouvindo essa rádio. Agora pretendo reunir músicos para dar sequência nesse projeto ‘seriado musical’: [Maria Goes Alone]. Quem sabe, com servidores do TJSP que queiram montar uma banda. Estou à disposição”, revela.
Segundo Darlan de Oliveira, a música estimula o cérebro no campo sensorial e até mesmo no intelectual. “Rousseau – que era musicista – dizia mais ou menos isso: de tanto ele inovar em teorias musicais, sentiu (aos 40 e poucos anos) que era capaz de formular questões em outras áreas do conhecimento, como Pedagogia (O Emílio), Política e Direito (Contrato Social), Sociologia (Discurso sobre as desigualdades entre os homens), Romance (Nova Heloísa), Ciências e Artes (Discurso sobre as Ciências e as Artes) etc.”
O escrevente-artista diz ainda que a parte sensorial acaba ajudando no atendimento ao público que procura seu setor. “Todo músico é um pouco sensível e empático. Além disso, a prática da composição contribui, de certa forma, para o desenvolvimento da criatividade, que pode ser usada no cartório visando à otimização da logística em prol da eficácia e celeridade processual.”
Darlan produziu ainda um ensaio sobre filosofia política baseado em Jean-Jacques Rousseau, publicado pela Editora Litteris–RJ, em 2010, chamado “Entre a Vontade Popular e a soberania dos representantes – Ensaio sobre Democracia Meritocrática”. A obra foi usada em uma monografia de pós-graduação em Gestão Pública, na Universidade Federal do Paraná, por uma escrevente do TJSP, Rosemeire Vieira Machado.
Mensagem – “Lidamos mais do que com simples processos, e sim com vidas. Muitos se esforçaram e gostariam de estar em nossos lugares. Deus nos abençoa mediante nossa fidelidade e gratidão às nossas conquistas. Acredito que honrando a prestação do nosso serviço público e valorizando as conquistas do dia a dia, servimos de fato a Deus.”
Como Darlan, outros servidores e magistrados do TJSP também têm uma história para apresentar que vai além da atividade forense. Conte a sua!

        Projeto Jus_Social – este texto faz parte do Projeto Jus_Social, implementado em março de 2011. Consiste na publicação no site do TJSP, sempre no dia 1º de cada mês, de um texto diferente do padrão técnico-jurídico-institucional. São histórias de vida, habilidades, curiosidades, exemplos de experiências que pautam as notícias publicadas sobre aqueles que, de alguma forma, realizam atividades que se destacam entre servidores ou magistrados. Pode ser no esporte, em campanhas sociais, no trabalho diário, enfim, qualquer atividade ou ação que os diferencie. Com isso, anônimos ganham vida. Com o Jus_Social, o Tribunal de Justiça de São Paulo ganhou o X Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2012 (categoria Endomarketing).

DO TRABALHO VOLUNTÁRIO À INOVAÇÃO PELA MÚSICA

O servidor do TJSP Antonio Carlos Silva Santos começou um trabalho voluntário com jovens carentes de uma comunidade para que eles encontrassem na música um novo caminho. Quando percebeu, já estava exercendo a atividade musical em vários locais e eventos. Atualmente é cantor, compositor e inovou com o “Cantando Vidas”, inciativa por meio da qual elabora canções personalizadas.O Projeto Jus_Social apresenta um pouco dessa história.
Natural da zona leste paulistana, cresceu no bairro da 3ª Divisão, em São Mateus. Seus pais Arnaldo Carneiro dos Santos e Maria Laudicéia Silva Santos tiveram mais duas filhas, Adriana e Vitória.  Antonio Carlos é casado com Vanilda da Anunciação Pereira Santos e pai de Raul Anunciação Santos, 12 anos, e Maria Flor Anunciação Santos, de cinco meses. Graduou-se em Direito, é palestrante, mediador e conciliador formado pela Escola Paulista da Magistratura e, em 2014, ingressou no TJSP como assistente técnico de gabinete judiciário no setor de Regime de Admissibilidade de Recursos Extremos (Especiais e Extraordinários), da Seção de Direito Público.
Antonio Carlos foi policial militar por 15 anos, sendo oito dedicados à prevenção às drogas e à violência pelo Proerd (Programa de Educação e Resistência às Drogas e à Violência), onde ministrava aulas a jovens de 4ª e 6ª séries. Foi instrutor do programa JCC (Jovens Construindo a Cidadania), onde realizava trabalho social com menores infratores em liberdade assistida e cumprimento de medida socioeducativa.
Possui dois cursos de Extensão Universitária sobre drogas – um é o Fé na Prevenção, da Universidade Federal de São Paulo e o outro Conselheiro Comunitário de Atenção às Drogas, da Universidade Federal de Santa Catarina;  curso para coordenadores e dirigentes de comunidade terapêutica pela Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract), e  ainda outros pelo Portal da Educação, pelas Polícias Militar e Civil, sendo que até hoje orienta famílias sobre prevenção e ressocialização.
O lado artístico – a música entrou na sua vida de maneira inusitada. Sempre realizou trabalhos voluntários, mas a pedido de um padre começou a trabalhar com um grupo de jovens que foram realocados, saíram de uma favela na Vila Prudente e foram para prédios construídos pelo governo estadual no bairro de São Mateus. Antonio Carlos e seu amigo Getúlio botaram a mão na massa e trabalharam para atrair os jovens às reuniões a fim de que encontrassem na música um novo caminho. “Chegávamos 30 minutos antes para tocar violão e cantar um pouco com eles. Não demorou muito para começarem a me fazer convites para cantar em casamentos. Aceitei e quando percebi já cantava em festas, bares e em diversos outros locais.”
O TJSP e sua vida artística – “Amo o Direito, creio que sem ele não se faz justiça. O TJ me propicia horário de trabalho que me sobra tempo para dedicar à música, claro que com a participação da família, já que componho e gravo na sala de casa. Direito e música são duas paixões que me completam”, conta.
Para ele, a atividade artística contribui para exercer suas funções no Judiciário. Ele ressaltou que amúsica acalma a alma e potencializa o intelecto. “Pensar nos acordes, ritmos e sentir a suavidade da música me trazem a calma, paciência e concentração que inevitavelmente traduzo em ações e pensamentos em meu dia a dia aqui no Tribunal”, revela o servidor-artista. Atualmente, além de compor, canta em casamentos, festas e outros eventos.
“Cantando vidas”, a canção personalizada – a iniciativa também surgiu daquilo que parecia apenas mais uma contratação para tocar em festa de aniversário, dessa vez do senhor Zezilo, um maranhense.  Antonio conversou com a filha dele para saber mais detalhes de sua vida com a finalidade de revelar antes de cantar os parabéns. “Ao ouvir sua história, fiz uma pequena pausa no coração e percebi que daria uma música.” Assim, na madrugada que antecedeu o aniversário, começou a compor uma música, com letra, ritmo e melodia inéditos, em voz e violão.  Quando apresentou, para sua surpresa, o aniversariante e os presentes se emocionaram. “Na mesma festa, outras pessoas me procuraram para saber como funcionava. Já fiz canções de aniversário, noivado, casamento e jingle“, declara.
Como funciona a inovação – o contratante conta ao músico um pouco sobre o homenageado e ele completa entrevistando alguns amigos e/ou familiares. Com base nas informações, cria a canção personalizada, sendo que a pessoa pode ainda escolher o ritmo e os instrumentos que serão utilizados na gravação. Ele faz vídeo com relatos e edita uma retrospectiva que apresenta no dia da festa, que pode ser disponibilizada também, se for a vontade do homenageado, em canal no YouTube para que ele possa compartilhar com amigos em qualquer momento e lugar.
Novo projeto – Antonio está trabalhando em seu primeiro CD, que contará com dez músicas autorais e uma regravação de um amigo (Sonhos e Mitos, de Cacá Lopes – que é deficiente físico, tem paralisia total no braço esquerdo e canta e toca violão com apenas uma das mãos). O CD contará também com a canção Onde você levar, de Flávia Bittencourt, uma amiga maranhense.
Fato cômico – como todo músico sempre tem algo engraçado para contar, Antonio Carlos também tem sua história. Em 2003, sofreu acidente de trânsito e precisou ser resgatado pela Unidade de Resgate dos Bombeiros. No mesmo dia ele seria o padrinho de casamento e cantaria durante a cerimônia.  Ao chegar em casa, tomou um “banho de gato”, já que estava com a perna engessada e cheio de curativos, e foi para a igreja. “Entrei com os demais padrinhos (pulando com uma perna só), me coloquei no lugar destinado aos músicos e comecei a cantar. Só por isso, já havia chamado atenção o suficiente”, relembra. Porém, a menina que traria as alianças entrou no momento errado e uma pessoa decidiu ir ao seu encontro e impedi-la, mas ao descer do altar pisou em falso e caiu em cima da perna dele, que estava machucada. “Eu estava no meio de uma música e não pude evitar um gemido de dor no meio da canção, o que fez com que os presentes respondessem também com um sonoro ‘hummmm’, movimentando toda a igreja. A música seguiu, apenas instrumental, e muita gente correu para me socorrer. Eu chamei mais atenção que a própria noiva!”
Projeto Jus_Social – este texto faz parte do Projeto Jus_Social, implementado em março de 2011. Consiste na publicação no site do TJSP, sempre no dia 1º de cada mês, de uma matéria diferente do padrão técnico-jurídico-institucional. São histórias de vida, habilidades, curiosidades, exemplos de experiências que pautam as notícias publicadas sobre aqueles que, de alguma forma, realizam atividades que se destacam entre servidores ou magistrados. Pode ser no esporte, em campanhas sociais, no trabalho diário, enfim, qualquer atividade ou ação que os diferencie. Com isso, anônimos ganham vida. Com o Jus_Social, o Tribunal de Justiça de São Paulo ganhou o X Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2012 (categoria Endomarketing).

 

Duas equipes já estão na semifinal do II Concurso de Júri Simulado Nacional

Mais dois confrontos foram definidos, nesta terça-feira (5), no II Concurso de Júri Simulado Nacional, iniciativa da Escola Superior da Advocacia do Conselho Federal da OAB (ESA Nacional) com o apoio das 12 instituições de ensino superior participantes. Pela manhã, a equipe da Universidade Federal do Pará (PA) venceu a disputa com a Universidade Católica do Salvador (BA). À tarde, equipe da Universidade Federal de Goiás (GO) ganhou o confronto com a equipe do Instituto de Direito Público (DF).

Com isso, ficou definida uma semifinal. A equipe da Escola Superior Batista do Amazonas enfrentará o time da Universidade de Goiás. Vitoriosos nesta terça-feira, os estudantes da Universidade Federal do Pará aguardam a disputa entre a Faculdade Multivix (ES) e Unidavi (SC) para conhecer seu adversário na semifinal. Por sua vez, a Farec enfrentará na semifinal o vencedor do confronto entre as equipes da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Anhanguera Uniderp (MS). As disputas que definirão as semifinais ocorrerão nesta quarta-feira (6).

EDITORA QUE PUBLICOU IMAGEM DE GRAFITE COM ALTERAÇÕES INDENIZARÁ ARTISTA

A reprodução de obra do tipo ‘grafite’ em fotografias publicadas em revista não viola o direito autoral e patrimonial do autor. No entanto, a manipulação da imagem viola a incolumidade da obra e enseja condenação por danos morais. Essa foi a decisão da 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que fixou indenização de R$ 20 mil reais em favor de um artista plástico.

Consta dos autos que o grafite foi reproduzido para ilustrar matéria em revista de automobilismo. A obra é um mural localizado na Vila Madalena, na Capital, em área conhecida como “Beco do Grafite” ou “Beco do Batman”. O artista insere em todos os seus trabalhos um pássaro estilizado como forma de assinatura.

De acordo com a decisão, a Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) inclui obras de desenho, pintura e gravura na categoria de criações intelectuais passíveis de proteção autoral, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte. No entanto, o desembargador Vito Guglielmi, relator do processo, afirmou em seu voto que existem exceções, garantindo a utilização livre e gratuita de obras em algumas ocasiões. Uma delas versa sobre as obras situadas permanentemente em logradouros públicos, que podem ser representadas por meio de pinturas, desenhos e fotografias. “Lícita, portanto, a reprodução da imagem da obra em fotografia, independente de prévia autorização do artista”, escreveu o relator.

Porém, ainda segundo o magistrado, a citada lei assegura como direito do autor a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou prática de atos que modifiquem sua constituição. Por esta razão, como a editora alterou digitalmente a imagem sem consentimento, caracterizou-se o dano moral.

O julgamento teve decisão unânime, com a participação dos desembargadores Paulo Alcides e Percival Nogueira.

Apelação nº 0139084-90.2012.8.26.0100

Eleições OAB: Cássio Lisandro Telles é eleito presidente da OAB-PR

Brasília – O advogado Cássio Telles venceu nesta quinta-feira (22) a eleição para a presidência da OAB-PR.

A sua diretoria será composta por Marilena Indira Winter (vice-presidente), Rodrigo Sanchez Rios (secretário-geral), Christhyanne Regina Bortolotto (secretária-geral adjunto) e Henrique Gaede (tesoureiro).

Para o Conselho Federal foram eleitos: Airton Martins Molina (Titular), Jose Augusto Araujo De Noronha (Titular), Juliano Jose Breda (Titular), Artur Humberto Piancastelli (Suplente), Graciela Iurk Marins (Suplente) e Flavio Pansieri (Suplente).

Eleições OAB: Elton Assis é eleito presidente da Seccional Rondônia

Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, saudou nesta segunda-feira (19) a eleição de Elton Assis para a presidência da Seccional de Rondônia para o triênio 2019-2021.

Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, saudou nesta segunda-feira (19) a eleição de Elton Assis para a presidência da Seccional de Rondônia para o triênio 2019-2021.

Além dele, foram eleitos como vice-presidente Solange Aparecida, como secretário-geral Márcio Melo Nogueira, como secretária-geral adjunta Aline Silva Corrêa e como tesoureiro Fernando da Silva Maia.

Os conselheiros federais são Andrey Cavalcante de Carvalho, Franciany D’Alessandra Dias de Paula, Alex Souza de Morais Sarkis, Juacy dos Santos Loura Júnior, Veralice Gonçalves de Souza Veris e Jeverson Leandro da Costa.

A Caixa de Assistência terá como presidente Elton Sadi Fulber e como vice-presidente Juscelino Moraes do Amaral.

Eleições OAB: Luciano Bandeira é eleito presidente da OAB-RJ

Brasília – O advogado Luciano Bandeira venceu nesta quarta-feira (21), a eleição para a presidência da OAB/RJ.

A sua diretoria será composta por Ana Tereza Basílio (Vice-presidente); Álvaro Quintão (Secretário-Geral); Fábio Nogueira (Secretário-Geral Adjunto) e Marcello Oliveira (Tesoureiro).

Para o Conselho Federal foram eleitos: Felipe Santa Cruz, Carlos Roberto de Siqueira Castro, Marcelo Fontes Cesar de Oliveira; Luiz Gustavo Antônio Silva Bichara, Flavio Diz Zveiter e Gabriel Francisco Leonardos.

ELEIÇÕES TJSP

Nesta quarta-feira (2), acontecem eleições para os cargos de direção e de cúpula do Tribunal de Justiça de São Paulo, no Palácio da Justiça. Votam para os cargos de direção (presidente, vice-presidente e corregedor-geral) todos os desembargadores do TJSP – há, atualmente, 355.
A votação começa às 9 horas e vai até meio-dia (no Salão do Júri). Se nenhum candidato obtiver maioria absoluta (metade dos integrantes, mais um), será realizado segundo escrutínio entre os dois candidatos mais votados, das 13h30 às 15h30.
Já para os cargos de cúpula, os desembargadores votam apenas para o presidente da Seção que integram – Direito Público (salas nº 217/219), Direito Privado (salas nº 211/213) e Direito Criminal (salas 201/203). A votação acontece nos mesmos horários dos cargos de direção.
A eleição do Conselho Consultivo da Escola Paulista da Magistratura (EPM) também será amanhã, das 9 horas ao meio-dia (Salão do Júri), sendo necessária apenas a maioria simples dos votos.
Informações sobre a apuração serão divulgadas em tempo real pelo Twitter do TJSP: www.twitter.com/tjspoficial

Veja os candidatos:
Presidência
Eros Piceli
Paulo Dimas de Bellis Mascaretti

Vice-Presidência
José Carlos Gonçalves Xavier de Aquino
Ademir de Carvalho Benedito
Artur Marques da Silva Filho

Corregedoria Geral da Justiça
José Damião Pinheiro Machado Cogan
Manoel de Queiroz Pereira Calças
Ruy Coppola
Carlos Eduardo Donegá Morandini
Ricardo Cintra Torres de Carvalho
Ricardo Mair Anafe

Presidência de Direito Criminal
José Orestes de Souza Nery
Renato de Salles Abreu Filho
Walter da Silva

Presidência de Direito Privado
Luiz Antonio de Godoy
Maria Lúcia Ribeiro da Castro Pizzotti Mendes

Presidência de Direito Público
Ricardo Henry Marques Dip

Escola Paulista da Magistratura
Chapa – Antonio Carlos Villen
Diretor: Antonio Carlos Villen
Vice-Diretor: Francisco Eduardo Loureiro
Conselho Consultivo:
Antonio Rigolin (Direito Privado)
Afonso Celso Nogueira Braz (Direito Privado)
Paulo Magalhães da Costa Coelho (Direito Público)
Luciana Almeida Prado Bresciani (Direito Público)
Geraldo Francisco Pinheiro Franco (Direito Criminal)
Fernando Antonio Torres Garcia (Direito Criminal)
Hamid Charaf Bdine Júnior (juiz de entrância final)

Chapa – Ivan Ricardo Garisio Sartori
Diretor: Ivan Ricardo Garisio Sartori
Vice-Diretor: Luiz Edmundo Marrey Uint
Conselho Consultivo:
Gilberto Pinto dos Santos (Direito Privado)
Cláudio Hamilton Barbosa (Direito Privado)
Antonio Carlos Malheiros (Direito Público)
Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa (Direito Público)
Edison Aparecido Brandão (Direito Criminal)
Geraldo Luís Wohlers Silveira (Direito Criminal)
Fernão Borba Franco (juiz de entrância final)

Comunicação Social TJSP – CA (texto) / AC (foto)

Elize Matsunaga é condenada a 19 anos 11 meses e um dia de prisão

Ela já cumpre pena na penitenciária feminina de Tremembé

Depois de sete dias terminou na madrugada desta segunda-feira (5) o julgamento de Elize Araújo Matsunaga, acusada de matar o marido Marcos Kitano Matsunaga, em maio de 2012, no apartamento do casal, na zona oeste da capital.

O julgamento foi presidido pelo juiz Adilson Paukoski Simoni, do 5º Tribunal do Júri, a pena prevê ainda o pagamento de 11 dias multa, no valor unitário mínimo legal e o cumprimento em regime inicial fechado.

Elize foi acusada por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, meio cruel e recursos que impossibilitou a defesa da vítima- e destruição e ocultação de cadáver.

A decisão dos jurados acatou o pedido da acusação apenas  no que se refere a uma das qualificadoras, consistente em recurso que impossibilitou a defesa da vítima, bem como a autoria do crime de destruição e ocultação de cadáver.

 

EM 2015, CEJUSCS ALCANÇARAM 67% DE ACORDOS EM DEMANDAS PRÉ-PROCESSUAIS

Criados para disseminar a cultura da paz e do diálogo, desestimular condutas que tendem a gerar conflitos e proporcionar às partes uma experiência exitosa de conciliação, os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) instalados no Estado de São Paulo têm alcançado o objetivo esperado.
O serviço possibilita que as partes envolvidas em demandas relacionadas à regularização de divórcios, investigação de paternidade, pensão alimentícia e renegociação de dívidas, dentre outras, busquem acordo. A composição pode ser obtida antes do ajuizamento da ação ou com o processo já em andamento.
O Tribunal de Justiça de São Paulo conta, atualmente, com 153 unidades de Cejuscs instaladas – 7 na Capital e 146 no Interior. Somente em 2015, na área pré-processual, foram realizadas 122.287 sessões de tentativas de conciliação, com 82.140 acordos obtidos, o que representa 67% de sucesso. Já na área processual, das 112.874 sessões, 55.714 foram frutíferas, alcançando 49% de conciliações. Confira aqui os dados do ano passado.
O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do TJSP é o órgão administrativo responsável por planejar e orientar o funcionamento dos Cejuscs e tem como coordenador o desembargador José Roberto Neves Amorim.

Em 2017, luta por prerrogativas foi prioridade que nem crise política enfraqueceu

Brasília – “Não aceitaremos jamais qualquer desrespeito às prerrogativas da nossa profissão. Em um somos todos e em todos somos um, não há como e nem porquê ser diferente”. A frase do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, expõe um juízo de valor muito caro desta gestão em geral e do ano de 2017 em particular. “O vigor na defesa das prerrogativas da advocacia teve nas figuras do presidente e vice da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Jarbas Vasconcelos e Cássio Telles, e no Procurador Nacional de Defesa das Prerrogativas, Charles Dias, bem como nos membros da comissão nacional e das comissões regionais e todos que atuam dentro do sistema OAB em defesa da pauta, seus protagonistas”, disse Lamachia.

Em meio a todas as crises políticas de 2017, situações em que a OAB foi demandada a atuar ou decidiu participar ativamente em sua missão primordial de defesa da Constituição Federal e dos direitos fundamentais, a Ordem não descuidou nem por um momento sequer de seu engajamento incansável para promover e proteger as prerrogativas profissionais, que não são privilégios para advogados, mas garantias para os cidadãos. Por isso, quando a OAB as defende, ela está, antes de mais nada, a defender os direitos fundamentais da sociedade e da democracia do Brasil.

O auge dessa batalha foi a aprovação na Comissão da Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei 8.347/2017, que criminaliza o desrespeito às prerrogativas profissionais da advocacia. A proposta ainda precisa ser votada no Plenário da Câmara, mas sua aprovação na CCJ, mais importante comissão permanente da Casa, foi uma vitória inquestionável, sobretudo diante das enormes pressões de associações de magistrados, do Ministério Público e de delegados para impedir a tramitação do texto. Já que foi aprovada pelo Senado, a aprovação na Câmara é a reta final de um percurso que a maioria dos projetos não consegue completar. A OAB foi vigilante e atuante para assegurar que o projeto de lei superasse mais essa etapa. Dialogou com parlamentares e esteve presente durante cada uma das votações.

O ano de 2017 também ficou marcado pela Caravana Nacional em Defesa das Prerrogativas, que já percorreu 18 Seccionais da OAB. A Caravana é uma iniciativa do Conselho Federal da OAB em parceria com as seccionais, que percorre o país realizando reuniões, audiências, visitas, inspeções e palestras, com o intuito de preservar a dignidade profissional dos advogados, garantindo a inviolabilidade dos escritórios, o sigilo das comunicações, a valorização da advocacia e a garantia de honorários justos.

O caráter prioritário das prerrogativas teve um capítulo muito simbólico durante a XXIII Conferência Nacional da Advocacia. Realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, a conferência ficou marcada como o maior evento jurídico do mundo, com mais de 22 mil advogados inscritos, e pela primeira vez na história o tema de prerrogativas teve um estande próprio e exclusivo, tornando-se assim mais um marco da atual gestão da OAB no tocante à defesa das prerrogativas profissionais de advogadas e advogados. A programação do espaço teve workshops e mini-palestras sobre busca e apreensão em escritórios, alvarás judiciais, interceptações telefônicas entre advocacia e clientela, livre acesso aos autos de investigações, uso da palavra em audiências, entre outros assuntos.

O ponto mais alto na programação do estande, foi ato público de desagravo de cinco profissionais da advocacia, cujos casos – simbólicos pela extrema violação de prerrogativas – contaram com a efetiva participação da OAB Nacional e das respectivas seccionais. Centenas de pessoas acompanharam o ato. Estes desagravos não foram atos isolados reservados para o evento mais importante da advocacia nacional. Foram parte de um hábito reforçado em 2017, ano em que nenhum desrespeito passou batido, nenhuma violência foi tolerada e nenhum profissional foi desamparado. Nas palavras do presidente, não há como e nem porquê ser diferente.

Confira abaixo a atuação da OAB em defesa das prerrogativas ao longo de 2017:

13/12/2017 – OAB e entidades reforçam luta contra crime de desacato

12/12/2017 – Durante Pleno, conselheiras realizam ato pelo fim da violência contra a mulher

06/12/2017 – STJ atende OAB e advocacia poderá fazer inscrição para sustentação oral até início das sessões

05/12/2017 – Vitória da Advocacia: CCJ da Câmara aprova projeto que criminaliza o desrespeito às prerrogativas

28/11/2017 – OAB promove desagravos na XXIII Conferência Nacional da Advocacia

26/11/2017 – TRF-1 nega pedido do INSS e mantém atendimento prioritário à advocacia em agências

26/11/2017 – Advocacia saúda aprovação de proposta que muda contagem de prazos na Justiça trabalhista

23/11/2017 – OAB-SE defende critérios impessoais para nomeações de advogados dativos

20/11/2017 – Presidente nacional da OAB alerta para baixa capacidade instalada do Judiciário

17/11/2017 – “A advocacia é agente de transformação social”, diz Lamachia em palestra para estudantes de Passo Fundo

10/11/2017 – OAB requer e STJ acolhe tese de que MP não pode intervir em contratos advocatícios

10/11/2017 – Desagravos fortalecem advocacia no Sul do Piauí

10/11/2017 – STJ decide que OAB tem legitimidade para propor ação em defesa de consumidor

09/11/2017 – OAB-MA obtém vitória no CNJ contra restrição do acesso da advocacia ao Fórum de Timon

09/11/2017 – TJ-TO atende OAB e revoga portaria ilegal que prejudicava a advocacia

09/11/2017 – OAB Alagoas realiza Ato de Desagravo Público em favor de advogado vítima de ação truculenta de militares

07/11/2017 – Passagem da Caravana por Porto Alegre (RS) tem desagravo público de advogado

06/11/2017- OAB Nacional vai do Oiapoque ao Chuí em defesa das prerrogativas

31/10/2017 – OAB ingressa no STF para extinguir a eficácia do crime de desacato

19/10/2017 – Atuação da Procuradoria de Prerrogativas tranca ação contra advogado por emitir parecer

17/10/2017 – OAB vai ao STF contra resolução que altera poderes do Ministério Público em investigações penais

10/10/2017 – Procuradoria Nacional de Prerrogativas consegue trancar ação contra advogados do MA

02/10/2017 – Conselho Federal e Colégio de Presidentes emitem nota contra espetacularização do processo penal

29/09/2017 – A violação das prerrogativas ofende o Estado Democrático de Direito

19/09/2017 – OAB irá ao STF por respeito ao sigilo das comunicações entre advogados e clientes

18/09/2017 – Artigo: As instituições, seus membros e suas responsabilidades

29/08/2017 – Procuradoria de Prerrogativas consegue no STJ a suspensão de multa a advogado

23/08/2017 – OAB entrega Manifesto da Advocacia Brasileira ao presidente do Senado

22/08/2017 – Nenhum advogado estará sozinho na luta em defesa das prerrogativas, diz Lamachia

22/08/2017 – Lamachia e mais de 100 dirigentes apresentam demandas da advocacia à presidente do STF

21/08/2017 – No Senado, Lamachia exalta criminalização das violações de prerrogativas

18/08/2017 – OAB derruba recurso contra projeto que criminaliza violação de prerrogativas

17/08/2017 – OAB reforça que uso de celulares pela advocacia não é proibido em audiência

29/06/2017 – Artigo: Justiça em primeiro lugar

15/06/2017 – OAB manifesta preocupação com uso indiscriminado de conduções coercitivas
01/06/2017 – OAB requer ao STF providências pelo sigilo de comunicações entre advogados e clientes
24/05/2017 – “Grampear conversas entre advogados e seus clientes é crime”, afirma Lamachia

24/05/2017 – Procuradoria de Prerrogativas tranca ação contra advogado denunciado por emitir parecer
23/05/2017 – OAB emite nota de repúdio contra a violação do sigilo das comunicações de jornalistas

12/04/2017 – OAB e STJ garantem que nenhum advogado ficará sem sustentação oral

15/03/2017 – OAB requer e CNMP regulamenta acesso da advocacia aos autos de inquéritos e investigações

15/03/2017 – Chega ao Supremo ADPF da Ordem que questiona uso indiscriminado de condução coercitiva

24/02/2017 – Artigo: A hora e a vez da Justiça

20/02/2017 – Pleno aprova ADPF para interpretação de artigo sobre conduções coercitivas

18/02/2017 – OAB repudia criminalização da advocacia

16/02/2017 – OAB e STJ debatem solução para emenda sobre sustentações orais

13/02/2017 – Em comissão, Lamachia debate conduções coercitivas

10/02/2017 – Artigo: Atuação sólida contra abusos, por Claudio Lamachia

07/02/2017 – OAB pede cancelamento de regra do STJ com prazo para solicitação de sustentação oral

Em ação da OAB, STF concede liminar e assegura competência dos estados e municípios para decidir sobre isolamento

Em ação da OAB, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu parcialmente medida cautelar na arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) para garantir que as medidas adotadas pelos estados e municípios no enfrentamento à pandemia de Covid-19 sejam respeitadas pelo governo federal. A decisão de Moraes, que é o relator da ADPF 672, foi publicada na noite desta quarta-feira (8).

“A decisão do ministro Alexandre de Moraes mostra a firmeza do STF na defesa da nossa Constituição, dos princípios da Federação, da independência e harmonia entre os Poderes e, acima de tudo, é uma vitória do bom senso na luta contra nosso único inimigo no momento: a pandemia que ameaça a vida de milhares de brasileiras e brasileiros”, disse Santa Cruz.

Em sua decisão, Moraes afirma reconhecer e assegurar o “exercício da competência concorrente dos governos estaduais e distrital e suplementar dos governos municipais, cada qual no exercício de suas atribuições e no âmbito de seus respectivos territórios, para a adoção ou manutenção de medidas restritivas legalmente permitidas durante a pandemia, tais como, a imposição de distanciamento/isolamento social, quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas, entre outras; independentemente de superveniência de ato federal em sentido contrário, sem prejuízo da competência geral da União para estabelecer medidas restritivas em todo o território nacional, caso entenda necessário”.

“Não compete ao Poder Executivo federal afastar, unilateralmente, as decisões dos governos estaduais, distrital e municipais que, no exercício de suas competências constitucionais, adotaram ou venham a adotar, no âmbito de seus respectivos territórios, importantes medidas restritivas como a imposição de distanciamento/isolamento social, quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas, entre outros mecanismos reconhecidamente eficazes para a redução do número de infectados e de óbitos, como demonstram a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) e vários estudos técnicos científicos”, diz Moraes em sua decisão.

De acordo com o documento protocolado pela OAB no STF, “as medidas no campo da saúde são constantemente enfraquecidas e ameaçadas por uma atuação reiterada e sistemática do Presidente da República no sentido de minimizar a crise, de desautorizar a estratégia de isolamento social, defendida pela OMS e pela própria Pasta da Saúde, e de atacar governadores que têm adotado medidas sanitárias restritivas”.

Moraes reconhece ainda a existência, no presente momento, de uma ameaça séria, iminente e incontestável ao funcionamento de todas as políticas públicas que visam a proteger a vida, saúde e bem estar da população. “A gravidade da emergência causada pela pandemia do coronavírus  exige das autoridades brasileiras, em todos os níveis de governo, a efetivação concreta da proteção à saúde pública, com a adoção de todas as medidas possíveis e tecnicamente sustentáveis para o apoio e manutenção das atividades do Sistema Único de Saúde”, afirma o ministro relator.

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EM BUSCA DO PLENO ATENDIMENTO DOS DIREITOS DA CRIANÇA AUTISTA

Decisão da 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital adota procedimento para resolver processos de execução de forma rápida e especializada
Decisão proferida pela juíza Alexandra Fuchs de Araujo, da 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital, estabeleceu diretrizes para que as execuções contra a Fazenda do Estado de São Paulo (FESP) que pleiteiem matrícula de crianças autistas em escolas especiais tramitem de forma mais eficiente, levem em conta as peculiaridades de cada caso e sigam os parâmetros da legislação atual, que prevê a intersetorialidade no desenvolvimento das políticas voltadas para o atendimento da pessoa com transtorno do espectro autista e o estímulo à inserção no mercado de trabalho.
A decisão é oriunda da ação civil pública nº 0027139-65.2000.8.26.0053, que trata do atendimento de saúde, educacional e assistencial aos autistas, em 2001 proferida pelo juiz Fernando Figueiredo Bartoletti, da 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital. “As adaptações realizadas na execução também têm como objetivo agilizar o atendimento aos autistas. A ideia é fazer uso de novos recursos previstos no novo Código de Processo Civil, como a possiblidade de autocomposição, e os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs)”, afirma a magistrada.

De acordo com a juíza, muitos exequentes, mesmo com o objetivo de proteger o autista, protocolam pedidos que podem estar em desacordo com as melhores práticas e a legislação moderna, seja para obter uma internação por prazo indeterminado, em violação ao disposto na Lei nº 10.216/01, ou para buscar uma escola especial, não inclusiva, quando ainda não foram esgotadas todas as possibilidades de inclusão, em violação ao disposto na Lei Federal nº 12.764/13.

Confira as diretrizes estabelecidas na decisão:
1)    Uma vez formulado o pedido de execução, a Administração será intimada para, extrajudicialmente, e em prazo não superior a 60 dias, realizar laudo do autista por uma equipe interdisciplinar, suspendendo-se a execução;
2)    Após, no prazo de 10 dias, a Administração irá propor um perfil de atendimento ao autista, de acordo com o seu caso específico; se o laudo indicar a necessidade de prestação do serviço municipal, o ente público municipal será intimado, também, para se manifestar e compor a oferta de atendimento junto com o Estado, de acordo com os recursos disponíveis na rede; caso haja aceitação, a oferta será homologada, extinguindo-se a execução.
3)    Em caso de rejeição da oferta de atendimento, o autista ou seu responsável se manifestará, no prazo de 10 dias. Após, a FESP será intimada para impugnação da obrigação de fazer, prosseguindo-se judicialmente com a execução.

Alexandra Fuchs explica em sua decisão que, “para se garantir a celeridade processual, preservando-se as possibilidades de autocomposição, com o atendimento do cidadão diretamente pelo Poder Público, o ideal é que, antes de se intimar a Fazenda do Estado para que ofereça uma vaga, o Estado tenha a oportunidade de conhecer o autista, avaliá-lo e verificar qual o melhor estabelecimento para acolhê-lo, próximo à sua residência”.

De acordo com a promotora de Justiça Sandra Lucia Garcia Massud, assessora do Centro de Apoio de Direitos Humanos e Sociais do Ministério Público do Estado de São Paulo, a decisão ajuda na triagem dos casos em que realmente é necessária a matrícula em uma escola especial. “A inclusão da criança com deficiência em escola regular é fundamental para o desenvolvimento não só da própria criança em questão, mas também de todas as outras com quem ela conviver. A escola é um espaço não somente de aprendizagem formal, mas também de convivência e trocas de experiências ricas e importantes para um crescimento saudável.”

O TJSP tem atuado juntamente com os demais poderes na fiscalização e orientação das políticas públicas voltadas para os jovens autistas. Já foram realizadas audiências públicas e reuniões – a mais recente reunião para debater o assunto aconteceu no início de setembro e contou com a presença da juíza Alexandra; da promotora Sandra; dos juízes assessores da Corregedoria Geral da Justiça Ana Rita de Figueiredo Nery e Gabriel Pires de Campos Sormani; do procurador do Estado coordenador judicial da Saúde Pública, Luiz Duarte de Oliveira; e de representantes das Secretarias de Estado da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social. Foram debatidos os rumos, dificuldades e perspectivas do tema. “A rede estadual conta com equipes especializadas para a inclusão e muitos agentes trabalham muito bem a esse favor”, afirma Sandra Massud.

O objetivo final é garantir que o autista tenha todos seus direitos respeitados, inclusive o de integrar a sociedade como cidadão. “O coração da decisão é a determinação de atendimento adequado ao autista”, explica Alexandra Fuchs de Araujo.

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EM CAMPINAS, ‘AGENDA 150 ANOS’ HOMENAGEIA JUIZ DIONÍSIO BARBOSA

A Justiça paulista homenageou, na última terça-feira (1º), o juiz Dionísio Barbosa, em evento da Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal de Justiça Bandeirante, e atribui a denominação “Doutor Dionísio Barbosa” ao plenário do 1º Tribunal do Júri da Comarca de Campinas. A cerimônia, que aconteceu no auditório da Cidade Judiciária, recebeu grande plateia, formada por familiares, amigos do homenageado e integrantes do Judiciário.
Dionísio Barbosa nasceu em Aguaí (SP), em 1937. Formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, turma de 1961. Foi juiz da 4ª Vara Criminal de Campinas e diretor do fórum central. Também judicou em Angatuba, Cajuru, Mogi-Guaçu e na Capital. Faleceu em 2008.
O juiz diretor do Fórum e da 4ª Região Administrativa Judiciária, Luiz Antônio Alves Torrano, leu carta enviada pelo desembargador Carlos Eduardo Donegá Morandini, redigida especialmente para a homenagem. “Dionísio era um homem iluminado. Honrou a toga que vestiu e esta é a gloria maior de um juiz”, afirmou.
Priscila Barbosa Malek, neta do homenageado, falou em nome da família. Agradeceu a solenidade e descreveu o convívio com o avô. “Se um dia a vida nos tirou o telhado, hoje vocês nos deram as estrelas.”
A promotora de Justiça Maria Lúcia de Figueiredo Ferraz Pereira Leite e o juiz aposentado Jamil Miguel, amigos do homenageado, também discursaram. Enalteceram suas qualidades de homem agregador, simples, íntegro e competente em seu ofício.
O coordenador da 8ª Circunscrição Judiciária, com sede em Campinas, desembargador Dimas Borelli Thomaz Júnior, falou em nome da Corte. Contou, com carinho, episódios pitorescos que desfrutou com o homenageado. “O Tribunal de São Paulo é o maior do mundo não apenas pela quantidade de processos, mas, também, porque teve em seus quadros juízes como Dionísio Barbosa.”
Ao encerrar a cerimônia, o presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, disse ter a certeza de que a “Agenda 150 Anos” trás ganhos para todos que participam do evento. “Constatamos que, embora vivenciemos uma crise sem precedentes, podemos nos agarrar no que temos de melhor: as pessoas que representam faróis de inspiração, como Dionísio.”
O evento também foi prestigiado pelo desembargador Mário de Castro Figliolia, representando o presidente da Seção de Direito Privado; o presidente da Academia Paulista de Magistrados, desembargador Renato de Salles Abreu Filho; os desembargadores do TJSP Euvaldo Chaib Filho, Antonio de Almeida Sampaio, Francisco Vicente Rossi, Candido Pedro Alem Júnior, Carlos Henrique Miguel Trevisan, Luís Francisco Aguilar Cortez, Lígia Cristina de Araújo Bisogni, José Augusto Marin, Osni de Souza e João Carlos Garcia; os desembargadores federais Nelson Bernardes e Paulo de Tarso Salomão; o presidente do Conselho Regional de Prerrogativas da 5ª Região da Ordem dos Advogados do Brasil, Antonio Carlos Chiminazzo, representando o presidente da Subseção de Campinas; o juiz diretor do Fórum de Itatiba, Ezaú Messias dos Santos, o tenente Marcelo Noboru Fujihara Kubiça, representando o comandante da Escola Preparatória de Cadetes; o diretor do Departamento de Proteção ao Consumidor (Procon) de Campinas, Ricardo Augusto Fabiano Chiminazzo; a coordenadora do Curso de Direito da Universidade São Francisco (USF), Adelaide Albergaria; a viúva do homenageado, senhora Hildelvanda Aparecida dos Reis Barbosa; as filhas Denise Barbosa e Lenise Barbosa; os netos Giovane, Carolina e Lucas; além de demais familiares, desembargadores, juízes, membros do Ministério Público, advogados, autoridades civis e militares, convidados e servidores.

Comunicação Social TJSP – DI (texto) / AC (fotos)

Em coletiva no TSE após apuração dos votos, Lamachia pede respeito entre vencidos e vencedores

Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, participou na noite deste domingo (28) – após a apuração dos votos em todo o país e da declaração da vitória de Jair Bolsonaro – de entrevista coletiva na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocasião da qual participaram ministros da corte eleitoral, representantes do Ministério Público, do Poder Executivo, dos partidos políticos e também do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Em primeiro lugar, a Ordem dos Advogados do Brasil parabeniza a sociedade brasileira pelo dia de hoje, em que a democracia foi efetivamente exercida. Foram eleições duras, difíceis, com muitos extremismos vindos da esquerda e da direita. Mas é hora de celebrarmos a festa da democracia, parabenizando a vontade popular com a eleição de Jair Bolsonaro e de seu vice, general Hamilton Mourão, a quem também parabenizamos e desejamos uma profícua gestão”, apontou.

Lamachia clamou por respeito mútuo entre vencidos e vencedores. “Devemos, a cada momento, reafirmar a importância da nossa democracia. É hora de menos confronto e mais encontro, é hora de todos trabalharmos juntos pelo Brasil”, conclamou.

O presidente da Ordem se disse “absolutamente honrado por ver o sistema de Justiça atuar de forma harmônica no acompanhamento da apuração dos resultados, de modo a demonstrar o êxito das urnas eletrônicas que há 22 anos operam de forma transparente no Brasil”.

Presenças

Participaram da solenidade a presidente do TSE, ministra Rosa Weber; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli; a procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge; a advogada-geral da União, Grace Mendonça; o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi; os ministros da corte eleitoral Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Admar Gonzaga e Tarcisio Vieira de Carvalho Neto; os ministros Raul Jungmann (Justiça) e Joaquim Silva e Luna (Defesa); e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.

Em conversa com a advocacia de Bagé (RS), Lamachia destaca força institucional da OAB

Brasília (DF) e Bagé (RS) – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, exaltou durante seu pronunciamento nesta segunda-feira (2), na Subseção gaúcha de Bagé, a força institucional da Ordem em meio ao delicado momento de polarização política que o Brasil atravessa. Ele e o presidente da OAB-RS, Ricardo Breier, estão em Bagé para as agendas de comemoração dos 85 anos da Subseção. O ex-presidente da Seccional gaúcha e conselheiro federal pelo Rio Grande do Sul, Renato Figueira, também acompanha a comitiva.

Ao se dizer muito feliz por ter a oportunidade de revisitar cidades gaúchas, Lamachia ressaltou a responsabilidade da OAB em momentos como o atual. “Nossa entidade, pela força que tem, é sempre demandada. A todo momento surgem novos desafios. A atual quadra histórica é de intolerância, em que a Ordem tem conseguido se preservar. Muitas instituições estão divididas, é verdade, mas o Sistema OAB tem conseguido caminhar unido”, disse.

Ele lembrou algumas das principais atuações da entidade nos dois anos de sua gestão até aqui. “O primeiro grande desafio imposto à nossa instituição quando assumi foi o episódio da cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A Ordem não se furtou, não se escondeu e esse foi o nosso primeiro ato de gestão. Depois seguiram-se situações tão complicadas ou mais, a exemplo dos dois pedidos de impeachment de presidentes da República por decisão do Conselho Pleno”, recordou-se, ao citar os pedidos da Ordem pela perda dos mandatos de Dilma Rousseff, e, posteriormente, Michel Temer.

Lamachia também ressaltou que, ao defender causas da cidadania, a OAB jamais deixou de lutar pelas pautas corporativas. “Lutar pelo respeito irrestrito aos advogados e às advogadas é bandeira maior da OAB. Por isso fomos ao Congresso Nacional e conseguimos, no Senado, importantíssima vitória com a criminalização dos atos que violem prerrogativas da advocacia. Falta pouco para a matéria ter aprovação definitiva na Câmara”, apontou.

O presidente da Subseção de Bagé, Marcelo Godinho Marinho, ressaltou a importância da visita e disse que é a primeira vez que um presidente nacional da OAB visita a Subseção. “Estamos muito honrados e felizes por receber as duas autoridades da advocacia: o presidente nacional e o presidente da Seccional. Para nós, é um marco na história da Subseção”.

Agenda

Os dirigentes deram sequência a mais uma edição do projeto De Colega para Colega, iniciativa que integra o Plano de Valorização da Advocacia e consiste no encontro dos presidentes com advogados e advogadas em seus ambientes de trabalho. Eles visitaram o advogado George Teixeira Giorgis, que tem 59 anos de advocacia e 85 de idade; depois, foram ao escritório da advogada Caroline Regert Moreira de Oliveira, que recebeu a carteira profissional no início de 2018. Os dois profissionais narraram suas experiências sob os prismas de quem tem muito tempo de advocacia e de quem começou recentemente.

Ainda na mesma tarde, os dirigentes rumaram às salas da OAB na Justiça do Trabalho e na Justiça Estadual para ouvir as demandas da advocacia local.

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EM DOIS DIAS DE SENACON, ÍNDICE DE ACORDOS ATINGE 96%

Nos dois primeiros dias da Semana Nacional de Conciliação no Parque da Água Branca, o índice de acordo atingiu 96,8% nas questões pré-processuais envolvendo assuntos do Direito de Família. Das 376 audiências realizadas, 364 foram resolvidas pacificamente. Cerca de 800 pessoas receberam atendimento.
Entre os participantes estavam Janaína Santos e Marcos Roberto, que se acertaram em relação ao divórcio e à guarda compartilhada e pensão alimentícia da filha. “Tudo foi resolvido por nós. A conciliação foi feita de maneira bem clara para ambos”, observou Marcos. Janaína disse que o atendimento superou suas expectativas. “A conciliação funciona mesmo! Recebemos orientações além do que esperávamos”.
Para o juiz coordenador da Semana Nacional de Conciliação na Capital, Ricardo Pereira Junior, a Senacon mais uma sensibiliza a população sobre a importância das vias consensuais de solução de conflitos. “As pessoas têm a liberdade de buscar a composição para resolver seus próprios problemas, aprendendo a se comunicar e traçar limites de convivência.” No aspecto educacional da autocomposição, Pereira Junior disse, ainda, que contribui para que as pessoas envolvidas nos conflitos entendam melhor o funcionamento do sistema legal, induzindo e esclarecendo sobre a pacificação das partes, sem a necessidade da imposição de uma decisão pelo Estado-juiz.
Até amanhã (25), serão atendidos os casos de Direito de Família previamente cadastrados. Na quinta-feira (26) serão distribuídas mil senhas somente para casos de regularização de união estável. Na sexta-feira (27), o atendimento concentrará questões referentes a Direito do Consumidor, como dívidas bancárias, de instituição de ensino, água e energia, telefonia e de mutuários, dentre outros, também com sessões previamente agendadas.

Conciliação – é muito mais vantajosa que uma ação judicial: é de graça, não precisa de advogado, é rápida (muito mais que o andamento de um processo), não abre possibilidade de recurso da decisão e, como as partes encontram uma solução juntas, raramente o acordo é descumprido.

Brinquedoteca – foi instalado na tenda de conciliação um espaço recreativo para atender as crianças enquanto seus pais e familiares estão participando de sessão conciliatória. A Sabesp foi a responsável pela montagem do espaço, bancadas, TV, pipoqueira, bebedouro, revistas para colorir, lápis de cor, giz de cera, bexigas e monitores especializados em recreação infantil, pintura e escultura. O Comitê de Ação Social e Cidadania do TJSP (CASC), por meio de sua presidente, Maria Luiza Nalini, incentivou, entre os diversos setores do Tribunal, a doação de livros, brinquedos e jogos educativos. Dessa forma, foi possível proporcionar conforto e diversão às crianças. Maria Luiza aproveitou o ensejo para agradecer a solidariedade dos servidores do TJ pelo gesto carinhoso

Em evento no STJ, Lamachia volta a alertar sobre baixa capacidade do Judiciário

Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, e o secretário-geral adjunto em exercício da entidade, Marcelo Lavocat Galvão, participaram na manhã desta segunda-feira (8) do II Workshop sobre Procedimentos Administrativos da Resolução CNJ 235/2016 – Repercussão Geral, Casos Repetitivos e Incidente de Assunção de Competência, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Lamachia compôs a mesa de abertura ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Dias Toffoli; da vice-presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura; do corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins; do presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro José Coêlho Ferreira; do conselheiro do CNJ Fernando Mattos e dos ministros do STJ Aloysio Correia da Veiga, Paulo de Tarso Sanseverino, Assusete Magalhães e Rogério Schietti Cruz.

Em sua fala, Lamachia voltou a alertar para a baixa capacidade instalada do Poder Judiciário no Brasil, como tem feito recentemente em solenidades da Justiça. “Há uma flagrante insuficiência da capacidade instalada do Poder Judiciário nacional – o que impõe a absoluta necessidade de otimizar os seus recursos, em termos tanto financeiros quanto humanos. A esse cenário acrescentam-se dois agravantes. O primeiro é o aumento contínuo do número de processos nos tribunais brasileiros e o segundo diz respeito ao déficit no número de cargos de magistrados providos”, apontou.

“Essa insuficiência pode ser comprovada de modo objetivo, quando se consideram a dimensão territorial e a população do País. Assim, verifica-se que, em média, existe apenas um magistrado para cada 471 quilômetros quadrados no Brasil, e somente 8,21 juízes para cada 100 mil habitantes. Em termos específicos, há no Brasil 4.403 cargos efetivos de juízes que, embora existentes, não estão ocupados”, completou Lamachia.

Ele ainda criticou o quadro defasado de servidores do Judiciário como um todo, a falta de investimentos em estrutura e capacitação no âmbito da Justiça, “bem como as condições muitas vezes precárias às quais se submetem os operadores do Direito”.

Outros discursos

O presidente do STF e do CNJ, ministro Dias Toffoli, ressaltou a necessidade manifesta de segurança jurídica e de legitimidade para eficiência e maior transparência. “Cumprindo estes preceitos, corresponderemos à sociedade no que é nossa responsabilidade. Da mesma forma que há necessidade de uma aplicação dos precedentes, também devemos olhar para dentro dos tribunais superiores e do Supremo, para ver se não estamos travando a jurisdição das instâncias inferiores. O importante é o diálogo”, disse ele, que também destacou a união do Poder Judiciário.

Humberto Martins, corregedor nacional de Justiça, apontou que a Resolução 235, dando cumprimento ao artigo 979 do novo Código de Processo Civil, tem comprovado sua importância na prática. “Sobretudo, é preciso interpretar suas múltiplas possibilidades de aplicação, fato que originou o Banco de Dados de Casos Repetitivos, visando identificar demandas sobre temas idênticos, proporcionando um julgamento mais rápido e fiel aos precedentes”, apontou.

Para Maria Thereza de Assis Moura, vice-presidente do STJ, é desafiador o trabalho imposto ao Judiciário na entrega célere de decisões em um cenário de amplo volume processual. “Um dos pressupostos do novo CPC é a racionalização dos julgamentos. Exige-se dos tribunais e juízes uma constante preocupação com aspectos procedimentais e a Resolução 235 surgiu em meio a isso, com a preocupação de regulamentar a organização e a padronização dos precedentes qualificados”, afirmou.

O conselheiro do CNJ Fernando Matos, relator da matéria quando da edição da Resolução, destacou o “somatório de esforços” e o “espírito necessariamente coletivo” para lidar com o momento de redefinição do Judiciário brasileiro, diante de “um crescente volume de processos acompanhado de uma estabilização da produtividade dos magistrados”.

 

Fonte: www.oab.org.br